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A saúde é essencial a felicidade."
Arthur Schopenhauer

7.29.2009

Brincar faz bem à saúde


Por:Gilberto Dimenstein

Três pesquisas publicadas em 2008:

1) Excesso de TV e Internet na infância aumenta o risco de vida sexual precoce, abuso do álcool, fumo e drogas, além da obesidade (Universidade Yale);

2) Crianças que vivem longe de áreas verdes tendem a engordar mais do que as que moram próximas de parques ou praças (Escola de Saúde Pública da Universidade de Washington);

3) Em comparação com meninos e meninas ricas, crianças pobres demonstraram, em testes com neurocientistas, menor atividade no córtex pré-frontal -área do cérebro relevante para a criatividade e solução de problemas, o que se traduz em limitação, muitas vezes para sempre, do aprendizado (Instituto de Neurociência Helen Wills, da Universidade da Califórnia).

As três pesquisas sugerem, entre outras coisas, o dano físico e psicológico provocado pela escassez do prosaico ato de brincar, da qual a obesidade é só o sintoma mais visível.

Ao falar sobre o cérebro das crianças de famílias de baixa renda, um dos autores do estudo (Thomas Boyce) ressalvou que o problema não era necessariamente a pobreza, mas o precário estímulo lúdico no ambiente em que vivem. Além da falta de livros, poucos visitam museus e teatros. Para completar, faltariam brincadeiras desde o berço.As pessoas, em geral, imaginam o brincar como um passatempo inútil. Mas é um dos caminhos para o prazer da descoberta, capaz de estabelecer conexões cerebrais usadas pelo resto da vida. Mesmo os pais ricos e de classe média desconsideram essas descobertas científicas. Basta ver a ansiedade para que seus filhos se alfabetizem o mais rapidamente possível, aprendam logo uma segunda língua e comecem a se preparar para o vestibular.Assim como excesso de comida não significa saúde, mas doença, excesso de informação não significa capacidade de lidar criativamente com o conhecimento. Ficar muitas horas no computador é a versão intelectual da obesidade.Podemos medir a qualidade de uma cidade apenas julgando o espaço dedicado ao direito à brincadeira. Certamente aqui está uma das razões associadas à violência.Na semana passada ocorreu, em São Paulo, um encontro sobre o futuro das metrópoles, organizado pela London School of Economics, em que, entre outros assuntos, se discutiu a segurança. Foi exibido o caso de Medellín, na Colômbia, que chegou a ser o lugar mais violento do planeta, com 368 mortes por 100 mil habitantes. Só para comparar, note que, neste ano, o índice de assassinatos na cidade de São Paulo gira em torno de 13 por 100 mil habitantes e não nos sentimos seguros.Além, claro, de ações policiais e de infra-estrutura, Medellín criou praças, parques e ciclovias. Abriram-se as escolas nos finais de semana e se montou uma rede de monumentais bibliotecas que mais parecem parques de diversão. Tudo isso se converteu no prazer da convivência e da descoberta que, em essência, significa brincar.O índice de assassinatos em Medellín baixou, neste ano, para 25 por 100 mil.Não é necessário ir tão longe. Neste final de semana, o rapper Rappin'Hood se apresenta na inauguração da praça da Paz, no bairro Elisa Maria, na zona norte de São Paulo, conhecido pela rotina das chacinas. Desde o ano passado, como em Medellín, se implantaram, além de policiamento comunitário e programas assistenciais, projetos culturais e esportivos. Construiu-se uma escola, que fica aberta nos finais de semana.Resultado divulgado na sexta-feira passada, durante seminário internacional sobre policiamento: em um ano, queda de 68% dos homicídios.Esse tipo de resultado é o que me faz prestar atenção em experiências como a de BH, onde se colocam universitários em praças e parques para interagir com estudantes de escolas públicas; em São Paulo, desenha-se um projeto para que todos os clubes municipais se convertam em extensão da sala de aula; a cidade inteira de Apucarana, no Paraná, se converteu numa escola.Como vivemos na era do conhecimento, as cidades contemporâneas têm de ser conduzidas mais pelo olhar dos educadores do que dos arquitetos, engenheiros e urbanistas - e, aliás, desde o berço. Nada mais importante do que a crescente convicção, em todos os níveis de governo, visível nas últimas eleições municipais, de que um projeto de nação civilizada passa pela pré-escola, a começar da creche. As descobertas dos neurocientistas da Universidade da Califórnia, com as revelações dos movimentos cerebrais, encerram definitivamente o debate sobre a importância dessa ação.

7.11.2009

Cantar é terapia complementar para pacientes de Alzheimer em Brasília

Brasília - O estímulo ao canto tem trazido bons resultados para pacientes de Alzheimer em tratamento no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Criado em 2005, o coral da unidade funciona como terapia complementar para os portadores da doença.
De acordo com o idealizador da proposta e presidente da Associação Mundial de Gerontologia e Geriatria, Renato Maia, a iniciativa tenta recuperar a memória, a alegria e o bem-estar dos pacientes.
“Não nos foi possível ainda comprovar isso através de testes científicos, mas familiares tem notado que os casos de pacientes que freqüentam o coral tem ficado mais estáveis, eles estão muito mais alegres e comparecem ao centro com mais disposição que antes”, disse.
Para Maia, os encontros do coral são animados. O grupo, que conta com quase 30 pessoas, tem no repertório sambas, marchinhas de carnaval e músicas folclóricas. “As músicas escolhidas são geralmente fáceis e do passado. São aquelas que os pacientes tiveram mais oportunidade de ouvir e que tem maior possibilidade de recordar.”
Além dos pacientes, os familiares são convidados a participar do coral. Segundo Maia, a integração entre parentes e portadores da doença é muito importante, pois melhora a qualidade de vida deles.
“Muitos pacientes com Alzheimer sequer conseguem cantar a letra da música corretamente. O familiar é quem auxilia e incentiva e essa forma de terapia visa também a contribuir para o bem-estar do familiar, que sofre muito com a pessoa que tem a doença”, afirmou.
Os ensaios do coral ocorrem todas as terças-feiras, pela manhã, no corredor do primeiro andar do ambulatório do HUB. Além dos encontros regulares no hospital, o grupo também faz apresentações em diversos locais de Brasília. Já se apresentaram no Setor Comercial Sul, na Universidade de Brasília e em um shopping da cidade.
“A primeira apresentação que o coral fez foi num evento em que se comemorava os cem anos da descrição da doença de Alzheimer. Houve grande emoção. Vários médicos e vários profissionais chegaram a chorar ao ver pacientes cantando, muito alegres, rindo”, disse.
Segundo ele, a terapia complementar não visa apenas descobrir a cura da doença, controlar a agressividade e melhorar a memória dos pacientes, mas também fazer com que os pacientes reencontrem a alegria de viver.
De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), o mal de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro, que atinge, atualmente, entre 17 e 25 milhões de pessoas em todo o mundo. Esquecimento e confusão mental são os principais sintomas da doença. A causa ainda é desconhecida e não há cura. Entretanto, já existem drogas que atuam no cérebro tentando bloquear a evolução da doença.


Fonte:
Agencia Brasil
EBC -Empresa Brasileira de Comunicação

terapia da auto cura por Sylvia Lakeland

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